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X é culpado pela 100 mil mortes pelo coronavírus no Brasil?

A resposta para essa pergunta é NÃO, para qualquer valor de X.

Nem o próprio coronavírus pode ser acusado com toda certeza de ter causado todas as mortes a ele atribuídas, que dirá uma pessoa qualquer.

Pergunta de má-fé, visa apenas obter a resposta pronta de quem é contra ou a favor X, não acrescenta informação nenhuma apenas exacerba a polarização em torno de X.

Trata-se de pesquisa do Datafolha, veiculada há pouco pela Folha de SPaulo, mas nem vale a pena colocar o link aqui.

O sarrafo e a natureza humana

Em algum momento no futuro, ao abordar o tema controverso da natureza humana, vou apoiar-me na ideia de que a diferença entre a espécie humana e as demais é a capacidade de transformar os recursos que encontra na natureza.

Uma que outra espécie desenvolveram habilidades neste sentido. Pássaros constroem ninhos com uma diversidade de materiais, abelhas fazem bonito, produzem a cera com que constroem a colmeia. Castores constrem diques com troncos de árvore que serram com os dentes para essa finalidade, pinguins constroem iglus com gelo.

No entanto, é bastante limitada a capacidade de qualquer espécie, exceto a humana. Geralmente limita-se a um só talento, restrito a melhorar sua alimentação ou a abrigar-se, mas fundamental ao seu sucesso evolutivo, ou seja, à sua sobrevivência enquanto espécie.

Os ancestrais da raça humana, por sua vez, ao criarem os primeiros artefatos, desencadearam um processo em que a evolução tecnológica retroalimentou a evolução biológica e foi por ela retroalimentada, acelerando sobremaneira o conjunto.

Pois bem, alguns dos primeiros artefatos foram, com certeza, pedaços de galhos, de troncos ou raízes de árvores, materiais lenhosos, gravetos, pedaços de pau… Podemos dizer sem medo que o sarrafo esteve conosco durante toda a evolução da espécie, tendo sido essencial para chegarmos onde estamos.

Em homenagem pois, e em reconhecimento à sua importância e à sua onipresença na história da humanidade, à sua confiabilidade e insuperável poder transformador, mesmo em era de tecnologias digitais sofisticadas, vou lançar mão dessa peça de apelo nostálgico neste blog.

Em breve, na seção BAIXANDO O SARRAFO, vou render-me à tentação de opinar contra as impropriedades mais absurdas que tomar conhecimento.

Baixarei o sarrafo à esquerda e à direita, indistintamente, procurando ater-me a casos sintomáticos, de comportamentos recorrentes, de comprovada má-fé ou prática política deplorável.

Pinguins constroem iglus com blocos de gelo? Você não deixou passar batido essa, né??